O Ser Supermentalista

O que buscamos é a vivencia Integral do nosso Ser, para nos tornarmos plenamente conscientes de quem somos.  Esta Plenitude só pode ser alcançada penetrando na  Mente Superior, o Portal do Plano Espiritual, que transcende a forma e os limites condicionados pelos níveis inferiores do nosso ser. Para vivencia-la precisamos penetrar no Silencio e fazer dele nossa morada e nosso refúgio, vivendo o presente como observadores ativos da nossa própria vida.

A milenar filosofia da Índia afirma que a vida é Maya, ou Ilusão e que devemos buscar despertar deste sono da Mente para perceber a realidade Infinita.

A Realidade é muito rica e está alem do alcance da percepção da mente comum. Por isso vivemos dentro de nossa bolha de Ilusão. Para nos proteger da Riqueza excessiva de impulsos provindos da ideias, das emoções e das formas, criamos filtros que limitam e selecionam os estímulos que recebemos. Estes filtros criam condicionamentos e comportamentos cristalizados em crenças e valores, e formam uma segunda natureza mental mais "concreta" e próxima da realidade da forma. Esta mente concreta funciona como uma espécie de "cerca" que delimita nosso mundo e cria a nossa própria "ilusão" da realidade até que possamos aprender a  lidar com a imensa riqueza de estímulos.

Se a realidade está alem do mundo que conhecemos, então ela se reveste de  níveis diferentes de densidade que nos traz diferentes percepções da realidade, como se fossem mundos diferentes.

O Mundo físico é o mundo das formas e dos sentidos que definem os limites da nossa realidade e nos levam a perceber um mundo de coisas concretas.

O Mundo das emoções e sensações nos permite sentir os relacionamentos com as formas e seres, dando profundidade a esta realidade que percebemos.

O Mundo das ideias vem através das impressões que nos chegam de dentro e de fora e impulsionam nossa vontade, produzindo a força motriz para iniciativas, atitudes e comportamentos. 

Podemos nos libertar destes condicionamentos e desenvolver esta natureza integral vivenciando todos os planos da nossa realidade simultaneamente. Primeiro, precisamos aprender a dominar  a mente e treina-la para pensar em uma coisa de cada vez. Aos poucos podemos ir ampliando nossa capacidade de atenção até níveis mais profundos de concentração, vivenciando o presente como observadores atentos e ativos de nós mesmos.

Caminhar, sentido os passos, observando as pessoas e tendo noção exata do tempo e do espaço que compartilhamos, perceber a dimensão exata das formas, limitadoras da realidade como um filtro a nos proteger da imensidão da realidade infinita e nos permitir focar nossa mente no trabalho sequencial. Quem aprendeu a criar seus próprios limites internos, pode libertar-se  das formas sem risco de ser arrastado pela enxurrada de estímulos.

Perceber as emoções nascendo, observando seu crescimento sem inibi-la, como uma mãe que observa seu filho engatinhando e fica atenta, mas deixa ele se desenvolver pois sabe que com um simples gesto pode retira-lo perigo. No entanto, pode sentir a beleza da vida e se regozijar daquele momento único e mágico  sem se preocupar. Pode provar das sensações do Mundo sem medo e sem apego, sentindo suas delicias se extasiando com a beleza e diversidade da Criação.

Visualizar e acompanhar os pensamentos nascerem, vendo-os se multiplicarem como as éguas do pântano na Historia de Hércules. Mas agora as éguas não precisam mais das "cercas" dos condicionamentos, podem pastar na grama fresca rica e se procriarem aos olhos do observador atento, que com um simples olhar consegue limitar sua excessiva criatividade e pode acompanhar o nascimento dos "potrinhos", as ideias criativas da mente, e criar um mundo de beleza e esplendor.

Abrir as asas do Pensamento com leveza e prazer e se deixar voar, sabendo que tem pleno controle e pode se deixar flutuar.

Penetrar no silencio como o observador que afeta a coisa observada apenas pela sua Vontade.

Vivenciar tudo isso simultaneamente, sem perder um detalhe do show da vida.

Então, o ser Superconsciente herda a firmeza e concentração do físico, a sensibilidade e elasticidade do emocional e a criatividade e leveza do Mental, e levará consigo estes princípios aonde for.

A consciência desperta  sente-se integrada a Vida infinita, sem apegos ou desapegos.

Só então poderá  continuar sua jornada para o Plano Espiritual, a morada dos Adeptos, pois o mundo temporal cumpriu sua missão, e sempre que for necessário poderá voltar a estas experiências com maestria e satisfação.

Mas para transpor os portais do abstrato é preciso unir mente e coração em um esforço de fé. Não podemos subir a escada, precisamos ser puxados de baixo para cima.  "Seja feita a vossa vontade".

Não podemos simplesmente dizer a uma parede que ela não é concreta e simplesmente atravessá-la, precisamos acreditar com nossa alma que assim seja, e assim será.

A fé é o elemento essencial do Plano Espiritual, é o óleo que sustenta o azeite da lamparina que abre a escuridão.

Pelo intelecto podemos alcançar o conhecimento, mas somente pelo coração podemos despertar o impulso da libertação, que faz desaparecer os muros, as paredes e mover as montanhas.

O conhecimento é o despertar da necessidade de saber, a fé é o despertar da necessidade de ser.  Ambos são partes da mesma realidade e juntos geram a irresistível atração para a a caminhada espiritual em busca de estados mais elevados de consciência.



Comentários

  1. Olá João,
    adorei seu artigo mas o paragrafo que mais se adapta ao momento que estou vivendo, é esse aqui:
    «Perceber as emoções nascendo, observando seu crescimento sem inibi-la, como uma mãe que observa seu filho engatinhando e fica atenta, mas deixa ele se desenvolver pois sabe que com um simples gesto pode retira-lo perigo. No entanto, pode sentir a beleza da vida e se regozijar daquele momento único e mágico sem se preocupar. Pode provar das sensações do Mundo sem medo e sem apego, sentindo suas delicias se extasiando com a beleza e diversidade da Criação.»
    Abraços saudosos para toda a turma, sei que você irá entregá-los lá.
    Rute

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    Respostas
    1. Rute,

      Que bom ter você por aqui, estamos com saudades de sua participação. Fico muito feliz que você compartilha de minhas percepções e que continuamos em sintonia, agora em "corpos" mais abstratos. Por falar nisso, compartilhei na sessão de livros o livro de Annie Besant "O homem e seus corpos"

      Aparece sempre em nosso jardim para sugar o néctar e polinizar nossas flores,

      Abs,

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    2. Rute,

      Que bom ter você por aqui, estamos com saudades de sua participação. Fico muito feliz que você compartilha de minhas percepções e que continuamos em sintonia, agora em "corpos" mais abstratos. Por falar nisso, compartilhei na sessão de livros o livro de Annie Besant "O homem e seus corpos"

      Aparece sempre em nosso jardim para sugar o néctar e polinizar nossas flores,

      Abs,

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    3. João,
      grata por você ter mencionado o livro de Annie Besant. Já estou lendo.
      Abraço.
      Rute

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    4. Rute,
      que tal depois de ler você publicar um comentário aqui no Blog ?

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